Tachados de bicho-grilo até há pouco, os restaurantes vegetarianos ganham representantes que satisfazem até quem está decidido a continuar carnívoro
No início da década, inaugurar um restaurante totalmente focado em vegetais equivalia a investir em ativos de alto risco. Hoje, quanto até redes como o Burger King começam a incluir opções veganas no cardápio, os riscos de um negócio do tipo naufragar parecem mínimos.
Tachados de bicho-grilo até há pouco – quando em geral eram sinônimo de receitas um tanto insossas -, os endereços vegetarianos, e até os que vetam qualquer alimento de origem animal, ganharam representantes que satisfazem até quem está decidido a continuar carnívoro. Mais: não ambicionam converter ninguém a mudar de dieta.
A filial paulistana do Teva é a mais recente da lista. Em funcionamento no Rio de Janeiro desde 2016, o restaurante inaugurou sua segunda unidade no bairro de Pinheiros há poucas semanas. Idealizado por Daniel Biron, o empreendimento é 100% focado em vegetais – servidos fritos, empanados ou defumados -, o que obriga a cozinha a trabalhar somente com alimentos frescos, orgânicos, sazonais, não industrializados e produzidos localmente.
Inaugurado no ano passado na Vila Madalena, o Quincho faz as vezes de bar e restaurante. Decorado com samambaias e um jardim vertical, ganhou fama pelo bolovo, com ovo cozido com gema mole envolto em massa de palmito pupunha, e pelos hambúrgueres de cogumelos.
Em funcionamento no bairro carioca de Botafogo desde 2015, o Naturalie Bistrô recebe os veganos com pedidas como salpicão de grão de bico com cenoura, tofu defumado, maçã verde, banana passa, milho, creme de castanhas e palha de batata roxa. De sobremesa, pavê de beijinho de coco com doce de leite vegano e biscoito de coco. Elaborado pela chef e sócia Nathalie Passos, que não abriu mão de comer carne, o cardápio do endereço é sazonal, e majoritariamente vegetariano (carnes, nem pensar). Tamanha foi a procura que em setembro do ano passado o Naturalie ganhou uma filial, em Ipanema.
Fonte: Exame