O Open Delivery é uma linguagem aberta e unificada de programação para facilitar a gestão de bares e restaurantes em serviços de entrega
A Pede Pronto, plataforma digital de pedidos de comida da empresa de benefícios Alelo, realizou sua primeira transação pelo padrão Open Delivery esta semana. O Open Delivery é uma linguagem aberta e unificada de programação para facilitar a gestão de bares e restaurantes em serviços de entrega.
A transação foi feita esta semana em uma unidade da rede Biscoitê, em São Paulo, que integrou os pedidos feitos pela plataforma Pede Pronto ao software de gestão de ponto de venda (PDV) da empresa POS Controle e às maquininha Smart POS da Cielo, já adaptados ao novo protocolo aberto de comunicação.
“O Open Delivery unifica a linguagem de comunicação para que a gente use o tempo no que, de fato, vai gerar valor”, afirma João Bibar, líder da Pede Pronto.
A Alelo é um dos 16 investidores do projeto de adoção do novo protocolo, ao lado de empresas como Ambev e Coca-Cola. O projeto iniciado em janeiro de 2021, com R$ 3 milhões é coordenado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e fez seu primeiro teste prático em dezembro pela Confeitaria Colombo, no Rio de Janeiro.
A iniciativa também contou com a colaboração dos maiores aplicativos de entregas do mercado, incluindo iFood, Uber Eats, que deixou o segmento de delivery de comida em março, e Rappi. As empresas dedicaram horas de desenvolvedores e profissionais especializados à iniciativa, mas ainda não aderiram, efetivamente, ao Open Delivery.
Bibar informa que os 3 mil estabelecimentos cadastrados na plataforma já podem ingressar no Open Delivery. Paralelamente, a empresa também planeja expandir sua base de estabelecimentos cadastrados para 10,5 mil, no fim do ano. “É uma meta agressiva”, pontua.
A estratégia da plataforma é fortalecer sua atuação nacional, hoje concentrada nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e ampliar alianças com grandes redes de alimentação. Desde março, redes como Madeiro, Jerônimo, Giraffas e Vivenda do Camarão adicionaram 600 estabelecimentos ao Pede Pronto. “A gente acredita muito em uma virada do mercado de aplicativos”, diz Bibar.
Hoje, o iFood lidera o segmento e é alvo de análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a pedido de rivais como Rappi e Uber, bem como da própria Abrasel, sobre a prática de fechar contratos de exclusividade com estabelecimentos,especialmente grandes redes de alimentação, que funcionam como âncoras, no aplicativo.
Esta semana veio à público outro processo movido contra o iFood, desta vez, pelas operadoras de vale-refeição. Em março, a Associação Brasileira de Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT) entrou com uma representação no Cade alegando que o iFood adota práticas anticompetitivas nos mercados de vale-benefícios e de aplicativos de delivery de comida.
Fonte: Valor