Com criação do iFood Empresas, companhia torna-se a primeira a permitir que funcionários usem aplicativo de delivery para gastos corporativos
Pedidos de pizza durante a reunião? Almoços para negócios da empresa? Para facilitar situações do mundo corporativo em que outrora seria preciso guardar a nota fiscal da refeição e pedir um burocrático e demorado reembolso, a empresa de refeições iFood vai lançar uma opção corporativa para os pedidos feitos no aplicativo.
A solução faz parte de uma nova unidade de negócios, o iFood Empresas, criada internamente há quatro meses para desenvolver diferentes soluções para refeições em empresas. Por ora, serão dois os produtos lançados. Além dos pedidos feitos pela conta da empresa, o iFood Office (escritório, em inglês), haverá também o iFood Card, um cartão pré-pago que pode ser oferecido aos funcionários para pagamento de refeições específicas.
“O iFood Empresas surgiu porque percebemos que, na jornada de alimentação das empresas, existem muitas oportunidades de trazer a inovação e a tecnologia que o iFood já tem como base nos serviços a pessoas físicas”, diz Paula Rabelo, gerente do iFood Empresas.
Sem abusar
Na conta corporativa do iFood, empresas poderão limitar os pedidos a depender de suas políticas de gastos próprias. Os gestores conseguirão criar perfis de usuários e delimitar para cada grupo diferentes regras para uso da conta corporativa, como horário e valor limite para refeição, além de diferentes permissões que se adequem a cada cargo e área de atuação.
O sistema é parecido com o que já fazem, por exemplo, aplicativos de transporte como Uber, 99 e Cabify, nos quais é possível fazer viagens a trabalho e direcionar o gasto diretamente para a empresa, sem que o usuário seja cobrado.
Já o cartão do iFood Card poderá ser oferecido como bonificação a funcionários ou mesmo parceiros de negócios ou clientes. A empresa pode emitir o cartão em formato físico ou virtual e, em seguida, coloca um saldo pré-pago para uso nos estabelecimentos cadastrados no iFood (o cartão só é usado uma única vez, de modo que não substitui um vale-refeição). Rabelo aponta que é comum, por exemplo, que empresas ofereçam vouchers de determinados restaurantes como bonificação, e que o cartão do iFood pode substituir esse método e, mais ainda, expandir as opções de restaurante à disposição do cliente.
Para além do dia-a-dia das empresas, como reuniões e almoços de negócios, o iFood acredita que as soluções apresentadas serão especialmente atraentes para viagens corporativas, já que a companhia tem mais de 80.000 restaurantes conveniados em mais de 500 cidades.
Por enquanto, a seção corporativa do app só vai funcionar para pedidos via delivery, não incluindo, portanto, pagamento presencial em restaurantes — o que pode ser feito por pessoas físicas usando o QR Code da carteira digital do iFood em alguns restaurantes parceiros.
Como todos os serviços corporativos serão oferecidos no mesmo app que já é usado por pessoas físicas, há ainda chance de que o segmento corporativo alavanque o número de clientes fora do trabalho, já que vai familiarizar com o aplicativo funcionários que, até então, talvez não usassem os serviços do iFood. “Esperamos que a experiência do cliente dentro do ambiente corporativo possa alavancar também o mercado de pessoa física. Entendemos que há uma grande sinergia entre as duas coisas”, diz Rabelo.
Todo mundo no B2B
Com o iFood Empresas, a startup brasileira será a primeira do setor de refeições por delivery a entrar de fato no modelo de negócios voltado a empresas e não só a consumidores (o B2B, ou business to business, “de negócio para negócio”). “Decidimos construir uma unidade focada nesse público para entender quais as maiores dores das empresas e apresentar soluções para elas”, diz Rabelo.
* Com informações da Exame.